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Jatobazinho, uma riqueza de Versos.


Trabalho realizado pelos pesquisadores brincantes de Corumbá e o grupo do Memórias do Futuro na escola Jatobazinho no pantanal corumbaense, afastados da área urbana as crianças ainda mantém a tradição de recitar versos, com uma riqueza incrível, contribuem para a cultura da infância.

Brincadeira sem Fronteiras

Por Joelson Soares
Fabricio estudando no Moinho Cultural
Não existe nada mais belo que o sorriso de uma criança, uma expressão universal de felicidade que ultrapassa todas as fronteiras. E é com o sorriso de uma dessas crianças que começamos nosso artigo. Corumbá, fronteira com a Bolívia, é aqui que encontramos o protagonista de nossa história, Fabrício Alaro Huayta, boliviano, tem 10 anos e mora em Puerto Quijarro, na Bolívia e estuda na escola de artes Moinho Cultural no Brasil. 

Quem vê Fabrício brincando com as outras crianças do lado brasileiro da fronteira não nota diferença alguma, pelo simples fato de não haver diferenças. Assim como toda criança no mundo, Fabrício gosta de brincar e, uma de suas brincadeiras favoritas, é jogar bola. Com a facilidade imensa que a infância tem de imaginar, acaba se sentindo como seu Ídolo Lionel Messi enquanto brinca. Fabrício também confessa que adora jogos de mesa, o seu preferido é o tênis.

Quando perguntado sobre o que acha das brincadeiras do Brasil ele nos responde: “Los juegos son los mismos, solo cambia el nombre”, ou seja, para ele, os jogos são os mesmos, só muda o nome. 

Fabrício é diferente de muitas crianças em um aspecto, ele não gosta de assistir TV, ao invés disso passa o tempo brincando e estudando com o seu instrumento, o violino, quer seguir a vida pela arte e talento é o que não falta para esse garoto que já se mostrou tão habilidoso e dedicado ao instrumento. 

Seja na Bolívia ou no Brasil, Fabrício se diverte brincando, mostrando o quanto somos iguais e que nossas diferenças são menores do que imaginávamos. Podemos falar diversos idiomas e viver nas mais diferentes culturas, mas em nossa essência humana, a felicidade se expressa da mesma forma. 

Aprendemos que não importa quantas barreiras criam os homens, as crianças, que nasceram sem conhecer fronteiras e que guardam dentro de si a esperança de união, sempre a romperam com um simples e não menos poderoso sorriso.
Por Joelson Soares
Dona Zilda com sua boneca Baiana

Entre os dias 26 e 30 de Abril, a cidade de Corumbá-MS sediou o Festival América do Sul, onde diversos artistas latino-americanos puderam mostrar o seu talento, e entre eles encontramos uma senhora, Zilda Ramos Pereira 54 anos, baiana de nascimento, sul-mato-grossense de coração, ela chegou aqui ainda na juventude onde vive até hoje.
Quando criança
, adorava brincar de boneca, pegava as meias velhas do padrinho e enchia de retalhos assim fazia, aos poucos, os braços e as pernas de suas bonecas, com um lápis em toques firmes ia desenhando o rosto da boneca em um  pano com enchimento, com mais alguns finos retalhos  produzia os fios de cabelo.


Foi na infância que começou a produzir suas primeiras bonecas, no início era somente uma diversão, mas o tempo foi passando e Dona Zilda foi aperfeiçoando sua técnica. Hoje todas as bonecas que produz são vendidas para contribuir com seu orçamento familiar.


Dona Zilda produz diversos tipos de bonecas, mas tem sua “xodó”- uma boneca que ela mesma batizou de Baiana, com trajes típicos traz em sua criadora as memórias de sua infância em sua terra natal. Há quem pense que essas maravilhas em pano ficam somente aqui onde são produzidas, mas se enganam pois  as bonecas da Dona Zilda já rodaram o Brasil, passaram por São Paulo e chegaram até Manaus.


Viúva a pouco tempo, além de perder um companheiro de vida perdeu também um colega de trabalho, pois era seu marido que a ajudava a criar suas obras de arte -- as mesmas que quando vendidas ajudavam nas compras dos remédios. 


Dona Zilda mostra que se pode crescer e não deixar de ser criança, e que até mesmo um simples brinquedo pode se tornar em um negócio rentável e ajudar no orçamento da família, em seus olhos percebemos que ela não se cansa de admirar suas bonecas, e conclui com algo que podemos facilmente perceber: “Muitas bonecas não têm a graça que minhas bonecas têm, elas são graciosas".

Um Click de Victor Rabelo

Por Lizandra Rodrigues


Victor Cipriano Rabelo Freitas Ferrer, de 14 anos, atualmente mora em CorumbáQuando não está na escola, Victor trabalha como fotógrafo, cinegrafista, editor e designer.

Em relação ao projeto ele diz: “ Espero aprender, relembrar e  resgatar mais a minha infância “. Victor era uma criança  hiperativa e brincava de tudo e até inventava brincadeiras, até hoje, ele brinca de futebol, que desde de criança é seu esporte favorito.

Ele explica como surgiu o interesse por fotografias: "Quando era pequeno, se encantava pelo fato de a fotografia poder registrar um momento e depois relembrá-lo com uma imagem".

A medida que ia aprendendo, Victor sentia a necessidade de praticar, e assim, ele começou a fazer pequenos eventos, aniversários, casamentos. "Eu fazia aquilo só pra aprender mesmo"

Hoje Victor é monitor no projeto Moinho Cultural  na cidade de Corumbá, e reúne uma série de cursos e oficinas que teve a oportunidade de fazer nos 2 anos e meio que está no projeto, e que começou a se interessar pelo audiovisual.

Na fronteira de Ângela Sumamí

Por Aparecida Benites


Andando pelo mundo de passagem, conheci uma linda morena, boliviana sonhadora, Angêla Sumamí. Ela mora na Bolivia com seus pais e irmãos, em uma cidade chamada  Porto Soares, estuda na escola Madre Clara Ricci, nasceu no dia 28 de janeiro e tem 15 anos. Angêla é uma menina fantástica, uma das coisas que ela adora é a leitura, mas ela não gosta  de conviver com pessoas hipócritas.

Além de estudarela frequenta aulas de balé clássico ensinando as  crianças na escola de arte que abriu com apoio do Moinho Cutural Sul - Americano, toca piano e canta na igreja Nuestra Senhora de los Hercides.

Na sua infância sua brincadeira favorita era a taco a la lata. "Estou gostando muito de participar do Memórias do Futuro, e estou muito  emocionada ao participar dessa oficina, me faz relembrar a minha infância que já tinha me esquecido'', conta.

Na opinião dela a tecnologia traz muitas coisas novas para as crianças e isso facilita tudo até para os adultos.
    ANGÊLA NDE PETEI MITà KUÑA PORàHA IÑARANDUVA.


                                                  

Nas partituras de Joelson Soares

Por Allan Douglas


"Cada dia é uma enorme Brincadeira
Brincadeira a qual se faz de alegria 
Onde caminhamos por uma longa estrada
Estrada que chamamos de Vida "
                       Joelson Soares 


Há quem acredite que se possa brincar somente com os objetos, mas o nosso protagonista foi além, muito além.

Joelson Soares, 17 anos, morador do Bairro Beira Rio em Corumbá, tem como brinquedo preferido as palavras e a música.
De manhã Joelson estuda no 3° ano do Ensino Médio, e no  período da tarde na Escola de Artes Moinho Cultural Sul Americano, onde desde de criança teve contato com arte. Aprendeu a tocar clarinete, tendo como uma de suas paixões a música.

         Transpirando poesia, é através das palavras que manifesta seus sentimentos, e sua forma de pensar.


“Muitos acreditam que meus sonhos são impossíveis, mas não me importo em acreditar nesta Utopia, porque tornar um mundo muito melhor para todos não é um sonho, e sim uma causa de vida, pois pelas causas vivemos e se preciso for morremos por ela” 


Pantaneira em Campo Grande, Ingrid Tatiane

Por Francielli Martins

A Ingrid Tatiane da Silva Roque tem 17 anos e mora em Ladário, ela faz cursinho de pré vestibular, é envagélica e sua cor preferida é o preto. Ingrid também toca numa banda e gosta da música de Fernanda Brum.

No tempo livre gosta de ler livros escutar músicas, dormir e conversar com outras pessoas. Ela tem um sonho de ser uma musicista profissional e ajudar sua família e também gostaria de conhecer os Estados Unidos.

Do projeto  Memórias do Futuro ela espera aprender coisas novas e interessantes e achou legal ter conhecido pessoas de outros lugares e aprendido novas culturas.

A frase que marca sua vida é: "O segredo do sucesso é persistência, mesmo com limitações é essencial lutar sempre".

Esse é primeiro texto produzido pela Francielli depois da oficina Jovem Repórter. Não perca os próximos perfis dos participantes do Projeto.